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sábado, 4 de fevereiro de 2017

TRANSCRIÇÃO

Ø  PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO

Pode ser entendida como o processo na qual uma fina de RNA será sintetizada a partir de uma fita de DNA através do pareamento complementar de bases. Esse mecanismo pode ocorrer com o auxilio de uma proteína chama de RNA­­polimerase ­ ou por fatores de transcrição. Sendo que a RNApol­ irá trabalhar colocando os ribonucleotídios em sua posição com a base complementar.
·         Transcrição em procariotos
Em procariotos ocorre a atuação da RNA­­polimerase ­e do fator σ (fator sigma). De inicio, esses dois se conectam e formam a holoenzima RNApolimerase, onde o fator σ encontra-se com ligações fracas. Esse conjunto realiza ma ligação fraca com a fita de DNA, podendo se deslocar por ela.
Quando enfim encontra o promotor, a ligação entre a fita e a holoenzima se fortifica, então a RNApol  atua separando duas fitas para que uma seja utilizada como molde dentro de uma bolha de transcrição.
No fim da síntese uma cadeia de 10 nucleotídeos é formada, a RNApoli rompe as interações com o fator σ e ocorre o desligamento. Então a RNA­pol continua a transcrição com velocidade de 50 nucleotídeos/segundo e o alongamento da cadeia continua até que a polimerase encontre com o sinal de término, fazendo com que a enzima se solte da fita e libere a fita recém-criada.

·         Transcrição em eucariotos
Há algumas distinções básicas entre a transcrição em procariotos e eucariotos. A primeira é que há presença de três tipos de RNApol, a outra é que a transcrição procariótica ocorre no hialoplasma, enquanto nos eucariotos ocorre no núcleo e é mais complexo.
Neste tipo de transcrição não ocorre a formação da holoenzima RNApolimerase ­, porque ocorre através de fatores de transcrição.
A transcrição se inicia quando o fator TFIID – que é uma proteína de ligação a TATA (TBP) – liga-se a uma região da dupla hélice que é rica em timina e adenina chamada de TATA-BOX e atrai outros GTF (fatores gerais de transcrição) e a RNApolimerase II e formam o complexo de pré-iniciação.

A TFIID atua expondo a fita molde de DNA e fosforila aminoácidos que estão localizados na calda do RNApol que é chamada de domínio carboxila terminal (CTD). Após a fosforilação a enzima se liga mais firmemente com a fita de DNA.
Após a fortificação da ligação com o DNA alguns fatores gerais de transcrição se soltam e na RNApol associam-se novas proteínas, os fatores de alongamento que permite à enzima uma maior estabilidade para percorrer a fita de DNA dentro de uma bolha de transcrição.

Na medida em que a fita vai sendo transcrita e saindo da polimerase, vai acontecendo o processo de capeamento, que consiste na modificação da extremidade 5’ com o acréscimo de uma cap (revestimento) ou nucleotídeo de guanina modificado.
Com a transcrição avançando ocorre a associação de proteínas que realizarão o splincing.
Esse processo de splicing pode ser entendido como aquele onde ocorre em primários de RNAm  que possui segmentos que não serão lidos, os íntrons,   que logo serão retirados, ficando apenas os éxons, que são os genes codificantes que farão parte das moléculas de RNAm maduras e  logo serão ligados. Os íntrons são cortados pela regra GU – AG, ou seja, na ponta 5’ há geralmente GU e na ponta 3’ há comumente AG. Os nucleotídeos são reconhecido por cinco pequenas ribonucleoproteínas (U1,U2,U4,U5 e U6)  que juntas com mais 100 formam o spliceossomo que retira íntrons e une os éxons e é composto por snRNA.
A retirada dos íntrons ocorre em etapas:
   1.    Ribonucleoproteínas U1 e U2 ligam-se ao sítio de corte em 5’ e ao ponto de ramificação interno A que e a adenina interna conservada.
    2.    O complexo U4-U5-U6 se junta ao spliceossomo.
   3.     Primeira reação de recomposição: uma ponta de íntron liga-se a adenina interna conservada.
   4.    Segunda reação de recomposição: outra ponta do íntron é cortada; os éxons juntam-se através de reações de transesterificação.
Após o splicing ocorre a poliadenização da extremidade 3’ pelo auxílio dos fatores de estimulação de clivagem(CsTF) e o fator de clivagem e poliadenização (CPSF) e a enzima poliApolimerase­ adiciona de 150 a 200 nucleotídeos A(adenina) na extremidade 3’.

A transcrição termina com a chegada ao códon de parada. No fim da transcrição é gerado transcritos primários de RNA que passarão pelo processamento pós-transcricional, onde sofrerá modificações ainda dentro do núcleo pelas moléculas de tRNA e rRNA para enfim serem liberadas pelos complexos de poro, onde será levadas para o hialoplasma.

REFERÊNCIAS
GRIFFITHS, Antony J. F. et al. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

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