Ø PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO
Pode
ser entendida como o processo na qual uma fina de RNA será sintetizada a partir
de uma fita de DNA através do pareamento complementar de bases. Esse mecanismo
pode ocorrer com o auxilio de uma proteína chama de RNApolimerase ou por fatores de transcrição. Sendo que a RNApol irá trabalhar
colocando os ribonucleotídios em sua posição com a base complementar.
·
Transcrição
em procariotos
Em procariotos ocorre a
atuação da RNApolimerase e
do fator σ (fator sigma). De inicio,
esses dois se conectam e formam a holoenzima
RNApolimerase, onde o fator σ encontra-se com
ligações fracas. Esse conjunto realiza ma ligação fraca com a fita de DNA,
podendo se deslocar por ela.
Quando enfim encontra o
promotor, a ligação entre a fita e a holoenzima se fortifica, então a RNApol
atua separando duas fitas para que uma
seja utilizada como molde dentro de uma bolha
de transcrição.
No fim da síntese uma cadeia
de 10 nucleotídeos é formada, a RNApoli rompe as interações com o fator
σ e ocorre o desligamento. Então a RNApol continua a transcrição
com velocidade de 50 nucleotídeos/segundo e o alongamento da cadeia continua
até que a polimerase encontre com o sinal de término, fazendo com que a enzima
se solte da fita e libere a fita recém-criada.
·
Transcrição
em eucariotos
Há algumas distinções básicas
entre a transcrição em procariotos e eucariotos. A primeira é que há presença
de três tipos de RNApol, a outra é que a transcrição procariótica
ocorre no hialoplasma, enquanto nos eucariotos ocorre no núcleo e é mais
complexo.
Neste tipo de transcrição
não ocorre a formação da holoenzima RNApolimerase , porque ocorre
através de fatores de transcrição.
A transcrição se inicia
quando o fator TFIID – que é uma
proteína de ligação a TATA (TBP) – liga-se a uma região da dupla hélice que é
rica em timina e adenina chamada de TATA-BOX
e atrai outros GTF (fatores gerais de transcrição) e a RNApolimerase
II e formam o complexo de pré-iniciação.

Após a fortificação da
ligação com o DNA alguns fatores gerais de transcrição se soltam e na RNApol
associam-se novas proteínas, os fatores
de alongamento que permite à enzima uma maior estabilidade para percorrer a
fita de DNA dentro de uma bolha de transcrição.
Na medida em que a fita vai
sendo transcrita e saindo da polimerase, vai acontecendo o processo de
capeamento, que consiste na modificação da extremidade 5’ com o acréscimo de
uma cap (revestimento) ou
nucleotídeo de guanina modificado.
Com a transcrição avançando
ocorre a associação de proteínas que realizarão o splincing.
Esse processo de splicing
pode ser entendido como aquele onde ocorre em primários de RNAm que possui segmentos que não serão lidos, os íntrons,
que logo serão retirados,
ficando apenas os éxons, que são os
genes codificantes que farão parte das moléculas de RNAm maduras
e logo serão ligados. Os íntrons são
cortados pela regra GU – AG, ou
seja, na ponta 5’ há geralmente GU e na ponta 3’ há comumente AG. Os
nucleotídeos são reconhecido por cinco pequenas ribonucleoproteínas
(U1,U2,U4,U5 e U6) que juntas com mais
100 formam o spliceossomo que retira
íntrons e une os éxons e é composto por snRNA.
1. Ribonucleoproteínas
U1 e U2 ligam-se ao sítio de corte em 5’ e ao ponto de ramificação interno A
que e a adenina interna conservada.
2. O
complexo U4-U5-U6 se junta ao spliceossomo.
3. Primeira
reação de recomposição: uma ponta de íntron liga-se a adenina interna
conservada.
4. Segunda
reação de recomposição: outra ponta do íntron é cortada; os éxons juntam-se
através de reações de transesterificação.
Após o splicing ocorre a poliadenização da extremidade 3’
pelo auxílio dos fatores de estimulação
de clivagem(CsTF) e o fator de
clivagem e poliadenização (CPSF) e a enzima poliApolimerase
adiciona de 150 a 200 nucleotídeos A(adenina) na extremidade 3’.
A transcrição termina com a chegada ao códon de parada.
No fim da transcrição é gerado transcritos primários de RNA que passarão pelo
processamento pós-transcricional, onde sofrerá modificações ainda dentro do
núcleo pelas moléculas de tRNA
e rRNA para enfim serem
liberadas pelos complexos de poro, onde será levadas para o hialoplasma.
REFERÊNCIAS
GRIFFITHS, Antony J. F. et al. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
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